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domingo, 26 de novembro de 2017

Jornalista faz vaquinha para custear livro sobre as Diretas Já no Piaui


Por Chico Sant'Anna


Muito se fala dos comícios e manifestações pró Diretas Já no Centro Sul do Brasil, mas este foi um movimento cívico que tomou conta de todo o país. A proposta era por fim à Ditadura Militar por meio de eleições diretas, que não ocorriam desde 3 de outubro 1960, quando Jânio Quadros ganhou a presidência da República.

Agora, para ajudar a preencher as lacunas da nossa história recente, o jornalista e escritor Kenard Kruel acaba de escrever mais um livro - Diretas Já no Piauí, abordando como foi naquele Estado o movimento criado em todo o País pela votação da Emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições para presidente da República.

Segundo ele, que presidiu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Piauí, foi naquele estado que se realizou, proporcionalmente, o comício com maior número de pessoas - cerca de 25 mil, sem contar com as tradicionais presenças de artistas consagrados.

O comício piauiense aconteceu em 13 de fevereiro de 1984, na Praça do Marquês, na Zona Norte de Teresina. Por isso, o local para o lançamento do livro será o mesmo. Diretas Já no Piauí tem previsão de chegar às mãos dos leitores e historiadores no dia 13 de fevereiro de 2018,  34 anos após a mobilização de Teresina

A obra conta com 276 páginas, “super bem ilustradas”, explica Kenard, e está sendo vendida antecipadamente ao preço de R$ 25,00, o exemplar. A venda antecipada é para ajudar no custeio das despesas de impressão. O preço normal de capa depois será de R$ 50,00.

Aqueles que desejarem garantir antecipadamente o seu exemplar e ajudar o autor Kenard Kruel podem fazê-lo mediante depósito na conta corrente Banco do Brasil, agência 5605 - 7 - conta corrente 4429 -6. Feito o depósito, enviar comprovante e os dados pessoais ao autor pelo correio eletrônico kenardkruel@yahoo.com.br

Operador Nacional seleciona Jornalista com necessidades especiais

O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, uma organização de direito privado, sem fins lucrativos, está "recrutando" profissionais de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e que sejam portadores de necessidades especiais (PCD).

O ONS nasceu após as privatizações das empresas de energia elétrica nos anos 90, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele é praticamente um organismo para estatal - responsável pela coordenação e controle da produção e distribuição de energia elétrica.

Em anúncio classificado publicado na imprensa, o ONS recomenda que os interessados cadastrem seus currículos no portal do órgão, mas não informa o valor dos salários, nem outras informações sobre quantidade de vagas a serem ofertadas ou condições de trabalho. Também não foi informado o local de trabalho, se no Rio de Janeiro ou em Brasília.
Mais informações podem ser obtidas junto a assessoria de imprensa do ONS, pelo correio eletrônico imprensa@ons.org.br

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

TV Globo pode ir ao banco dos réus no Brasil por ser concessionária de serviço público

A timidez em relação à TV Globo, talvez derivada do poderio comunicativo da emissora, não se limita aos grandes jornais.


Por Dorgil Silva, jornalista

Com a força das publicações nas redes sociais, blogs e sítios da Internet, dificilmente a Globo escaparia de ir ao banco dos réus esclarecer uma série de dúvidas que pairam sobre a lisura da empresa e de seus donos, os irmãos Marinho.
Entre as dúvidas, estão a sonegação fiscal, a criação e manutenção de empresas de fachada no exterior, além de operações escusas em contratos que envolvem organizações do futebol. Como concessionária de um serviço público, pode ter de dar explicações à sociedade não apenas por meio de seus veículos, mas também ante a Justiça.
O Jornal noturno da própria emissora noticiou nesta terça (14)  que a TV Globo fora acusada de pagamento de propinas para transmissão de jogos de futebol internacionais. A revelação constava em depoimento do empresário argentino Alejandro Burzaco à Justiça dos Estados Unidos, prestado ontem.
Mas o assunto não é novo. Por ocasião do depoimento do ex-ministro Antonio Palloci, há meses, já se comentava essa possibilidade de delação, que reiteradamente aparece em blogs e outras criações na Internet há anos.

A timidez do jornalismo brasileiro em relação à acusação contra a TV Globo

Enquanto o principal jornal norte-americano, The New York Times, fez matéria sobre a delação de Burzaco, o jornalismo comercial brasileiro é supertímido quanto ao tema. Os jornais de amplitude nacional que publicaram hoje na capa a notícia da delação de ontem são apenas o Globo, da mesma organização da TV Globo, e a Folha de S. Paulo.  
Nada trazem sobre o assunto as capas desta quarta (15) dos jornais Correio Braziliense, O Estado de S. Paulo, Estado de Minas, Zero Hora, Correio do Povo, Correio da Bahia, Diário de Pernambuco, Meia Hora, O Dia, Correio da Bahia.

As instituições investigativas oficiais também são tímidas em relação à Globo

A timidez em relação à TV Globo, talvez derivada do poderio comunicativo da emissora, não se limita aos grandes jornais.
A operação Lava-Jato, os procuradores da força-tarefa, integrantes do Ministério Público Federal, até agora não divulgaram qualquer iniciativa para verificar alguma responsabilidade da emissora, cuja apuração parece limitada a órgãos internacionais. Pode ser discutido o cabimento de uma ação popular, mas ninguém tomou a iniciativa de solicitar.

O Jornal da Globo divulgou que a emissora patrocinou uma investigação “interna” e constatou que não houve pagamento de propinas. É esperado que as redes sociais, blogs e sítios não se deem por satisfeitos com a declaração e acompanhem e divulguem com muito interesse cada passo da investigação de esfera internacional.