Caros leitores e leitoras.

domingo, 28 de julho de 2013

Concurso da UnB selecionará dois jornalistas

No concurso, duas vagas serão oferecidas para jornalistas

que atuarão na divulgação das atividades da UnB.
Foto: Agência UnB
A Universidade de Brasília-UnB abre no dia 5 de agosto as inscrições ao concurso público para seleção de servidor técnico-administrativos. Dentre as diversas funções desejadas, haverá oferta de vagas para jornalistas noseu quadro de pessoal. São duas vagas e o salário inicial é de R$ 3.138,70. 
As provas acontecem no dia 13 de outubro de 2013, no turno da manhã. Os candidatos deverão possuir diploma de conclusão de curso superior em Jornalismo ou Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e registro profissional. Os aprovados poderão trabalhar em qualquer setor da FundaçãoUniversidade de Brasília - FUB e o edital fixas as seguintes atividades a serem desempenhadas:

  • Recolher, redigir, registrar, por meio de imagens e de sons, interpretar e organizar informações e notícias a serem difundidas, expondo, analisando e comentando os acontecimentos;
  • Fazer seleção, revisão e preparo definitivo das matérias jornalísticas a serem divulgadas em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público; assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.


O Edital define também o conteúdo da prova, que demandará conhecimento que não são concernentes às atividades Jornalísticas, mas sim de Relações Públicas, como a organização de eventos e pesquisa de opinião pública. Confira:

  1. Teoria da comunicação: principais escolas e pensadores. 
  2. Papel social da Comunicação. 
  3. Código de Ética do Jornalista. 
  4. Regulamentação da profissão. 
  5. Constituição Brasileira (Título VIII, capítulo V e suas alterações). 
  6. Opinião pública (pesquisa e segmentação de públicos). 
  7. Organização de eventos. 
  8. Técnicas jornalísticas. 
  9. Critérios de definição e elaboração da notícia. 
  10. Gêneros textuais (reportagem, entrevista, editorial, crônica, coluna, pauta, informativo, comunicado, carta, release, relatório, anúncio e briefing em texto e imagem). 
  11. Critérios de seleção da notícia (redação e edição). 
  12. Produção gráfica (tipologia e medida de caracteres, justificação, mancha gráfica e margens, diagramação e retrancagem, composição e impressão, preparação de originais, planejamento editorial, ilustrações, cores e técnicas de impressão). 
  13. Produção, elaboração e edição da notícia no Rádio e na TV. 
  14. Temas emergentes da Comunicação: novas mídias (wiki, blog, podcasts, twiter), comunicação on-line, portal corporativo.


Até às 23 horas e 59 minutos do dia 26/08, pelo o horário oficial de Brasília/DF, será admitida a inscrição, somente via internet, no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/FUB_2013 ,
Mais informações, clique aqui.

sábado, 27 de julho de 2013

CRO de Goiás seleciona jornalista, mas o salário é baixo

O Conselho Regional de Odontologia do Estado de Goiás - CRO/GO recebe até o dia 5 de setembro inscrições ao concurso público que selecionará um jornalista profissional e classifcará outro para o quadro de reserva.
Os candidatos devem ter graduação em Jornalismo e a  jornada de trabalho é de 20 horas semanais, mas o salário não é elevado. Inicialmente o edital fixava em R$ 1.800,00, mas uma retificação diminuiu ainda mais o valor, definindo em apenas R$ 1.632,33, valor equivalente ou inferior a piso salarial em vários estados brasileiros. Inclusive inferior ao piso salarialdo Estado de Goiás, fixado, desdemaio deste ano, em R$ 1.800,00. Talvez,em função disso, o presidente do CRO-GO, Rodrigo Marinho de Oliveira Rezende, determinou, em  uma nova mudança no edital do concurso, restabelecendo o valor de R$ 1.800,00, ou seja, o piso salarial de Goiás.
O Salário continua bem baixo,principalmente quando comparado com outras autárquias federais, como é o caso do CRO. Além disso, apesar do baixo salário, o CRO espera contar com um super profissional, pois o escolhido terá um rol infindável de atribuições, como pode ser conferido na relação abaixo:


  • Recolher, redigir, registrar através de imagens e de sons, interpretar e organizar informações e notícias a serem difundidas, expondo, analisando e comentando os acontecimentos;
  • Fazer seleção, revisão e preparo definitivo das matérias jornalísticas a serem divulgadas em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público;
  • Divulgar na mídia todos os eventos do CRO‐GO; 
  • Divulgar institucionalmente o CRO‐GO; 
  • Divulgar nos canais de comunicação assuntos de interesse do CRO‐GO; 
  • Monitorar, por meio de leitura e recorte de jornais, o que é divulgado e publicar respostas; 
  • Fazer a redação e edição da Revista do CRO‐GO, nas publicações anuais; 
  • Redigir notícias de interesse da categoria odontológica e divulgar no site do CRO‐GO; 
  • Redigir, quando necessário, textos para circulares do CRO‐GO; 
  • Elaborar material de divulgação, como: folders e panfletos direcionados a profissionais da
  • área odontológica; 
  • Redigir discursos e artigos para a Diretoria; Elaborar projetos de campanhas publicitárias; 
  • Atender à imprensa externa;
  • Elaborar Relatório Anual de Atividade;Desenvolver arte para certificados, folders e outros; 
  • Arquivar clipping e Revista do CRO‐GO.
Mais informações, clique aqui.

Telesur completa 8 anos como a voz da América Latina

Por Leite Filho, do blog Café com Política

O canal de notícias multiestatal Telesur completa hoje oito anos de transmissões ininterruptas levando ao mundo a  informação a partir de um olhar latino-americana e não mais da visão das grandes potências, como acontecia até sua inauguração, em 2005 pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Fidel Castro, de Cuba.
A experiência de soberania comunicacional, jamais conseguida em quase 90 anos da história da televisão, foi coroada com reportagens que denunciaram ao mundo o golpe de Estado, em Honduras, em 20109, que a mídia tradicional tentou escamotear, as trocas de prisioneiros com as guerrilhas das FAC na Colômbia e as invasões ocidentais à Líbia e à Síria, que as grandes potências tentam projetar como ” operações em defesa dos valores ocidentais”.

Ultimamente, a Telesur dedica-se a esmiuçar o golpe de Estado no Egito, também grosseiramente, manipulado pelas redes CNN, BBC, Fox, TV5, Deutschevelle e TVE, mas que na verdade, caminha para se transformar em novo perigo para a paz na região, devido à decisão de Irmandade Muçulmana de não aceitar a deposição do presidente constitucional Mohamed Mursi (preso e incomunicável desde seu brutal afastamento, em 3 de julho último) e tomar as ruas pregando seu retorno ao poder.

Veja no vídeo como começou o projeto da Telesur

Como é – A Telesur tem estado presente em grandes acontecimentos políticos, sociais, culturais, esportivos e religiosos, sempre com a preocupação de levar a verdade sobre os acontecimentos
Com mais de 20 corrrespondentes e colaboradores distribuídos ao redor do mundo, a Telesur se trnasformou em referência obrigatória na agenda noticiosa global, levando informação de primeira mão, sempre a partir dos interesses das populações e não daqueles vinculados aos grandes grupos econômico-financeiros, como ocorre com as grandes redes da Europa e Estados Unidos. Finalmente, a emissora de Hugo Chávez especializou-se na elaboração de documentários da mais alta qualidade técnica, informativa e sobretudo a partir de uma visão soberana, das notícias sobre interferência das grandes potências,espionagens e outras formar de espoliação dos povos das três Américas.

Confira a entrevista com o jornalista Beto Almeida, único brasileiro no Conselho Editorial da Telesur

Lei dos Meios de Comunicação: o debate sobre a regulamentação dos conteúdos


http://blu.stb.s-msn.com/i/34/2F392967F399CA293E6B0A6BAA02E_h287_w430_m2_q80_cRSfQXdfZ.jpg

Así lo establece la norma aprobada en Ecuador, lo que generó críticas de algunos medios y periodistas. ¿Qué ocurre en países desarrollados, tanta veces tomados como ejemplo, como Estados Unidos y Francia?
Por Anacalara Soria I, da Agencia Paco Urondo 
La nueva ley de medios aprobada recientemente en Ecuador, produjo numerosas denuncias por parte de los dueños de empresas de comunicación de la región y de los organismos que agrupan a los periodistas. La crítica central pasa por su propuesta de regulación de contenidos. Sin embargo, vale la siguiente pregunta: ¿Cuál es la posición de las normas de países desarrollados, como Francia y Estados Unidos?
Francia promulgó su primera ley para regular las comunicaciones en 1881. Determinó que los medios no pueden estar sujetos a la regulación gubernamental con el objetivo último de garantizar la plena libertad de prensa y de publicación. De esta manera se estableció la incapacidad de los gobiernos de controlar la información, algo que aún se sostiene con el avance de Internet. Sin embargo, la posición estatal con respecto a los medios no es neutral: se entiende al Estado como un actor que compite en el mercado a través de los canales públicos donde se transmiten contenidos culturales.
La regulación de contenidos en Francia se realiza a través de la Agencia CSA (Consejo Superior Audiovisual) que pertenece al Ministerio de Cultura. La CSA  está conformado por personas que pertenecen a las industrias  culturales o a los medios académicos: 3 son elegidos por el Gobierno Nacional, 3 por la Cámara de Senadores y 3 por el Presidente de la Asamblea Nacional.
Una de las condiciones centrales del otorgamiento de licencias por parte de la CSA es el pluralismo político con el objetivo final de tener en el espectro de TV y radial una gran diversidad de miradas. Esto se cumple principalmente en las radios ya que en Francia es posible escuchar programas que son abiertamente anarquistas o comunistas, por ejemplo. Otra de las condiciones es que los contenidos estén sujetos a la protección de menores y el minutage: los privados no pueden transmitir más de 12 minutos de contenido publicitario por hora.
La Unión Europea también establece condiciones para los medios de comunicación que se desarrollan en la región. Las mismas apuntan principalmente a promover la producción local de contenidos (50% del total).
Al norte de América
En Estados Unidos, por su parte, la primera enmienda, repetida una y otra vez en miles de películas norteamericanas, sostiene que la prensa puede publicar sin restricciones  lo que considere necesario. Esa “necesariedad” es condicionada por el mercado. De esta manera, no existe ningún tipo de regulación sobre los contenidos publicados.
A diferencia de Francia, en Estados Unidos la regulación está diseminada en diferentes organismos: Comisión Federal de Comunicaciones, Poder Legislativo y Poder Judicial. Se busca la mínima intervención estatal en el establecimiento y desarrollo de contenidos audiovisuales. Es el mercado el principal regulador de lo que sucede en las radios y en la televisión.
En en el país existen 3 áreas principales de regulación: prohibición de obscenidad de contenidos, prohibición de emisión de publicidad que indique la compra de un producto en los de medios no comerciales y la regulación de la programación infantil. Esta última es en la que la Comisión Federal de Comunicaciones establece sus mayores esfuerzos de regulación: los canales infantiles deben contener al menos 3 horas semanales de programas educativos o informativos para niños.
Existen temas, en cambio, que Estados Unidos considera de orden de “seguridad nacional”. En estos casos, el juzgado es la fuente de información y no el medio que se preste a publicar. Las empresas mediáticas están salvadas por la primera enmienda, los ciudadanos comunes, no tanto.
Las leyes son en Ecuador, en Estados Unidos o en Francia, producto de un conglomerado de situaciones culturales, económicas, políticas y sociales propias. El neoliberalismo en América Latina provocó oligopolios en casi todas las áreas de la economía que produjeron una concentración que intenta empujar a los gobiernos a tomar decisiones no soberanas. Hay que entender el articulado de la nueva ley ecuatoriana de medios dentro de esta lógica.
La posibilidad del derecho a réplica provoca en última instancia una diversidad de voces que de lo contrario no existiría. Queda en discusión la sanción económica de los medios que se nieguen a publicar la respuesta del implicado en la información que se da a conocer, cuyo monto es decidido por un Consejo colegiado elegido por el Poder Ejecutivo que conduce Rafael Correa.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

ONU seleciona jovens jornalistas

Do Portugal Digital

As Nações Unidas abriram as inscrições para o seu programa Jovens Profissionais. Este ano, estão sendo selecionados candidatos na área de informação pública, dentre outras.  Os selecionados atuarão nas funções de cobertura jornalística, criação de produtos informativos, mídia audivisul e webmídia, além de atuar nas redes sociais.
É preciso ter curso superior completo em Comunicação Social. Os candidatos devem ter idade máxima de 32 anos completos até o final de 2013. O local de trabalho será Nova York.
As inscrições são inteiramente gratuitas e vão até o dia 2 de agosto. Para este ano, a ONU receberá inscrições de candidatos de 63 nações. Dos países de língua portuguesa participam este ano: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe. Além de curso superior completo, o candidato precisará provar proficiência em inglês ou francês, que são as línguas de trabalho das Nações Unidas.
Mais informações, clique aqui

Israel lança canal de TV internacional na tentativa de mudar a imagem do país no mundo

De Hispan TV, com tradução Irã News

O governo israelense lançou uma novo canal internacional de informações em sua busca por crédito e popularidade para Israel entre os países árabes e muçulmanos. Trata-se do iI24news que começou a funcionar oficialmente na quarta-feira passada na cidade portuária de Haifa, em territórios palestinos ocupados, a fim de mudar a imagem do regime israelense no mundo.
O canal é financiado por uma empresa privada de propriedade de vários acionistas, incluindo o empresário franco-israelense Patrick Drahi.
Segundo o presidente do canal, Frank Melloul, o canal i24news é formado por uma equipe de 150 jornalistas, técnicos e produtores e seu sinal é distribuído através de três satélites diferentes. O canali24 divulga informações em Árabe, Inglês e Francês.
No entanto, o canal não pode ser visto nos territórios ocupados por causa de um problema jurídico com o órgão para a televisão local.

Cartografia das redes: Um mapeamento das manifestações de 13 de junho

Este texto é um extrato do que foi publicado na Revista Fórum
O dia 13 de Junho nas redes
Para analisar as interações na rede, especificamente no Facebook, durante as manifestações da quinta-feira (13), a Interagentes fez uma análise qualitativa tendo como universo as mensagem publicadas neste dia.
A pesquisa analisou uma amostra estatística de um universo de 63.494 postagens e a partir da análise qualitativa verificou-se que a percepção dos usuários da rede social em relação às manifestações convocadas pelo movimento Passe Livre durante o ato era majoritariamente positiva, representando uma parcela de 62% da amostra. Usuários com uma percepção negativa em relação à manifestação que ocorria naquele momento em São Paulo representavam 16% do total. Outros 22% são postagens classificadas como neutras e representam apenas a repercussão de notícias sem comentários que permitam inferir a posição do autor da mensagem.
Visão geral
As buscas realizadas no Facebook visaram capturar citações públicas às manifestações contra o aumento de tarifas de ônibus. Os acontecimentos de quinta-feira (13/6) ganharam destaque nessa análise.
O período ao qual estas buscas se referem é da zero hora do dia 5 até as 23:59:59 do dia 14.
Foram elaboradas combinações de termos de busca para a composição de quatro bancos de dados:
Banco 1 – Citações públicas à uma combinação de termos sobre as manifestações – 292.896 resultados
Banco 2 – Citações públicas ao termo ‘tarifa’ – 61.600 resultados
Banco 3 – Citações públicas ao termo ‘Haddad’ – 38.400 resultados
Banco 4 – Citações públicas ao termo ‘Alckmin’ – 26.400 resultados
Para efeitos de análise de estatística optou-se por compor as amostragens a partir do Banco 2.
Ainda assim, o Banco 1, provavelmente, é o que mais se aproxima do volume total de mensagens públicas no período analisado.
Gráfico comparativo do volume de mensagens por banco de dados.
Gráfico comparativo do volume de mensagens por banco de dados.
Gráfico comparativo do volume de mensagens por banco de dados.
Gráfico comparativo do volume de mensagens/dia, por banco de dados.

Movimento Passe Livre - percepeção dos usuários do Facebook
Movimento Passe Livre – percepeção dos usuários do Facebook
Dentre os temas mais recorrentes nas postagens do dia 13 estão as mensagens de apoio à manifestação contra o aumento das passagens, representando 27% do total, e as críticas à atuação violenta da polícia militar, que representam uma parcela de 19% das mensagens – mais que o dobro do volume registrado nos dias precedentes. Outros 13% são postagens que sugerem a adesão de seus autores ao movimento, contendo convocações para as manifestações, notas públicas do Movimento Passe Livre, confirmação de presença nos eventos criados para a divulgação dos atos e fotografias com registros pessoais da manifestação.
Mensagens que criticam especificamente o alto valor das tarifas, sem expressar um posicionamento em relação às manifestações representam uma fatia de 10% do total e outros 9% são mensagens que criticam a cobertura dos grandes veículos de comunicação.
Entre as postagens que evidenciam uma percepção negativa das manifestações estão mensagens que acusam os manifestantes de praticarem atos de depredação do patrimônio público e vandalismo, representando 7% do total e 5% firmam que o protesto contra o aumento de 0,20 centavos na tarifa é irrelevante para solucionar os problemas que o país enfrenta.
A postura do Partido dos Trabalhadores e do prefeito Fernando Haddad em relação às manifestações é criticada em 6% das mensagens e outros 2% criticam a postura do PSDB e do governador Geraldo Alckmin.
Há ainda uma parcela de 2% que avaliam que o direito democrático deve ser exercido pelo voto, e não em manifestações públicas.
Temas em destaque - Percepção dos usuários - Facebook
Temas em destaque – Percepção dos usuários – Facebook
Uma cartografia da manifestação
Na quinta-feira (13) nossas buscas registraram um total de 63.494 mensagens públicas no Facebook. Estas mensagens partiram de 52.843 perfis diferentes.
A baixa média de mensagens por pessoa e o grande número de pessoas engajadas sugerem um padrão de cobertura viral dos acontecimentos. Isso mostra ainda que a mobilização contou com o padrão de liderança distribuída, bem diferente do que ocorre com movimentos tradicionais, com centros difusores de informação mais verticalizados e concentrados.
Para análise do padrão das manifestações públicas nas redes plotamos um grafo das mensagens mais comentadas durante todo o dia 13. O mapeamento dos perfis cujas postagens foram mais comentadas visou detectar os agentes privilegiados no debate público nas redes, ainda no calor dos eventos das ruas.
Este grafo representa as mensagens que mais geraram comentários no período das 16 horas do dia 13 até as 6h do dia 14.
Segundo este critério, entre os nós de rede que mais geraram repercussão estão 3 páginas relacionadas aos Anonymous. A página do Passe Livre São Paulo apareceu apenas na 5º posição, o que reforça a tese de que as manifestações apresentaram padrão de liderança distribuída.
A rede e as ruas
Em momentos como esse a relação entre a rede e a rua se estreita. Há quem esteja nas ruas relatando, pelas redes, o calor da mobilização social. Há quem esteja dentro das redes interagindo, compartilhando e se posicionando, o que aumenta ainda mais a mobilização social, para além das ruas.
Ao mesmo tempo que detecta-se a ausência de uma única organização hierárquica dos movimentos, quase um movimento autônomo, nota-se a emergência de atores que podem ser considerados “nós desprivilegiados” da rede. Suas mensagens adquirem grande relevância não tanto pelo tamanho da rede imediada que este agente é capaz de mobilizar, mas sobretudo pela sua capacidade de ter dito algo que catalizou reações e se espalhou de maneira viral pelas redes.
Um bom exemplo dessa cobertura viral é o vídeo (https://www.facebook.com/photo.php?v=658874737474532) de Marcel Bari, que conta com mais de 108 mil compartilhamentos. Outro exemplo é o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=kxPNQDFcR0U), fartamente difundido nas redes, que registra policial quebrando o vidro da viatura, que conta com mais de 1 milhão de visualizações no youtube.
A evolução dos eventos
Nesta articulação entre rede e rua os eventos no Facebook ganham um papel de destaque. Ao mesmo tempo em que funcionam como canal privilegiado de articulação dos ativistas e movimentos, são expressão da composição heterogênea e da construção capilarizada das diversas narrativas.
A evolução do número de participantes confirmados nos eventos do Facebook apontam para o forte engajamento a partir da repercussão da manifestação do dia 13.
Se na manifestação do dia 13 o número de participantes confirmados no Facebook chegou próximo dos 28 mil, nas manifestações marcadas para a segunda-feira (16), até o momento de fechamento desta análise ultrapassava os 215.000, um aumento de mais de 660%.
Evolução dos eventos dos atos contra o aumento de tarifas de ônibus - Facebook
Evolução dos eventos dos atos contra o aumento de tarifas de ônibus – Facebook

domingo, 21 de julho de 2013

Rede de televisão Globo sob suspeita de sonegação fiscal

Da Agência Brasil e do Portugal Digital

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação de impostos envolvendo a Rede Globo, suspeita de lavagem de dinheiro, e crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou terça-feira (16) que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação envolvendo a Rede Globo. O procedimento foi iniciado na segunda-feira (15), com a distribuição do caso para um procurador responsável.
A apuração foi solicitada na última sexta-feira (12) por 17 entidades da sociedade organizada, entre elas, o Centro de Estudo das Mídias Alternativas Barão de Itararé, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Eles alegam que o Ministério Público deve agir porque há indícios de lesão a bens federais.
De acordo com o grupo, as apurações tornaram-se necessárias devido a divulgação recente de documentos, até então sigilosos, sobre multa de mais de R$ 600 milhões à Rede Globo pela tentativa de sonegar impostos relativos à exibição da Copa do Mundo de 2002. Ainda segundo o grupo, também há suspeita de lavagem de dinheiro, de crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União e de estelionato.
Com a abertura de procedimento preliminar, o Ministério Público tem prazo de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo, para apurar as informações. Se houver indícios suficientes de crime, é aberto inquérito. Caso negativo, o procedimento é arquivado. A Procuradoria do DF ainda poderá encaminhar os documentos para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa.
Na semana passada, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro divulgou nota informando que acompanhava o caso desde 2005 e que não pediu abertura de inquérito policial por impeditivos legais relativos à restituição de valores fiscais. "Quanto aos demais tipos criminais aventados na mídia, o MPF entende que o enquadramento não seria aplicável por ausência de indícios". O órgão também confirmou que documentos do caso foram extraviados por uma servidora da Receita Federal, que já foi processada e condenada pela Justiça.
Em nota, a Rede Globo disse que já não tem qualquer dívida em aberto com a Receita e que apenas optou, na época, por "uma forma menos onerosa e mais adequada no momento para realizar o negócio, como é facultado pela legislação brasileira a qualquer contribuinte". A empresa informou que, após ser derrotada nos recursos apresentados à Receita, decidiu aderir ao Programa de Recuperação Fiscal da Receita Federal e fazer os pagamentos.
A empresa ainda destacou que desconhecia os fatos relativos a desvios de documentos no processso fiscal, pois não figurava como parte no processo. Segundo a Globo, os documentos perdidos foram restituídos com a colaboração da própria empresa, que desconhece os motivos que levaram a servidora a agir dessa forma. Agência Brasil

Concentração de mídia dificulta diplomacia autônoma, diz assessor de Dilma

Guilherme de Aguiar Patriota afirmou que
grandes veículos brasileiros são "nostálgicos"
da Alca e críticos do Mercosul.

Do Ópera Mundi

Um dos assessores da presidente Dilma Rousseff para assuntos internacionais, o embaixador Guilherme de Aguiar Patriota lamentou nesta quarta-feira (17/07) que a legislação brasileira ainda permita a propriedade cruzada nos meios de comunicação. No penúltimo dia de debates da conferência “2003-2010: Uma nova política externa”, na Universidade Federal do ABC, Patriota argumentou que a concentração dos grandes veículos da imprensa nas mãos de poucos grupos dificulta a implementação de uma diplomacia autônoma em relação aos Estados Unidos.
“A imprensa é um ator importante na formulação da nossa política externa, pois a opinião pública é formada basicamente por grandes jornais e canais de televisão. E aqui ainda é permitida a propriedade cruzada dos meios. Então é muito difícil executar uma diplomacia contra a grande imprensa, pois eles vão criticar o governo de maneira muito contundente, não vão economizar recursos para isso”, afirmou o embaixador.

Leia mais: 
Diplomacia brasileira antes de Lula era excessivamente domesticada, afirma Celso Amorim

Patriota, que é irmão do chanceler Antonio Patriota, classificou o posicionamento da mídia nacional como defensor de um aprofundamento da relação bilateral com os Estados Unidos, crítico do Mercosul e nostálgico da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), iniciativa dos EUA rechaçada pelos países latino-americanos. “Esse cenário poderá ser quebrado com a internet. Espero que o meio digital não tenha concentração como a grande mídia. O governo deve ficar atento para que isso não ocorra”, argumentou.

O tema da democratização dos meios de comunicação já havia aparecido no seminário da UFABC nesta terça-feira. Na ocasião, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos principais formuladores da política externa do governo Lula (2002-2010), considerou que uma mudança nessa área é “essencial”.

“O primeiro passo seria dividir melhor a verba de propaganda do governo, que hoje é distribuída pelo critério de audiência, dando prioridade aos grandes oligopólios. Uma ideia seria tentar analisar a qualidade da informação e criar uma cota máxima para cada veículo, como nos EUA, mas é muito difícil que um projeto desse passe pelo Congresso”, lamentou.

Leia mais: Aliança do Pacífico não tem relevância econômica, diz Marco Aurélio Garcia

Pinheiro Guimarães também lembrou que os Estados que tentaram democratizar a imprensa na América Latina, como Argentina e Venezuela, têm sofrido “intensa campanha contrária na mídia brasileira”. A conferência “2003-2010: Uma nova política externa” termina hoje, em São Bernardo do Campo, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Páginas Amarelas: do papel ao celular

Por Fernando Paiva, do Mobile Time

As listas telefônicas de empresas e de prestadores de serviços, como as antigas Páginas Amarelas, são um produto da era pré-Internet que está gradativamente saindo de circulação. Para se adaptar aos novos tempos, as empresas responsáveis pela sua publicação migraram para a Internet e, agora, fazem o mesmo para o celular. É o caso do grupo colombiano Carvajal, responsável pelas marcas Listel, Editel e GuiaMais no Brasil. 
A empresa, que no auge chegou a publicar mais de 200 listas impressas no País, agora cuida de apenas 90, e o  número vem caindo. Este ano, pela primeira vez, sua receita digital no Brasil vai superar aquela com listas impressas.

O principal produto web do grupo hoje é o site GuiaMais, que conta com 22 milhões de visitantes únicos por mês, dos quais 2,5 milhões acessam através de dispositivos móveis, somando tanto o site para celulares quanto o app. Um ano atrás, o mobile respondia por 8% da audiência digital. Todo o conteúdo das listas impressas é aproveitado na versão web, mas os destaques são diferentes, pois são vendidos separadamente. Para dispositivos móveis ainda não há venda à parte: por enquanto os destaques são os mesmos da Internet. A empresa também atua como revendedora de links patrocinados do Google, sendo uma das principais parceiras da gigante norte-americana nas vendas para pequenas e médias empresas na América Latina.
A migração para digital não foi fácil. Os anúncios na web têm um preço muito mais baixo que na lista impressa. "Para cada anúncio a menos no impresso temos que vender outros quatro ou cinco no on-line", compara Cesar S. Cesar, diretor da unidade digital da Carvajal no Brasil. "As mudanças não se limitam ao produto, mas também alteram o ciclo de vendas, a capacitação da equipe e toda a parte operacional. A velocidade da Internet exige que sejamos mais ágeis", analisa o executivo.
Além do GuiaMais, a Carvajal oferece o serviço de produção de sites web e móvel para pequenas e médias empresas. Nos últimos 12 meses, desenvolveu 4,5 mil sites web e 4 mil sites móveis. "Somos disparado o maior produtor de sites móveis do Brasil", arrisca Cesar. Mais recentemente a empresa começou a oferecer a produção de páginas corporativas no Facebook.
Por fim, outra aposta do grupo no mundo digital está no site Viva Cupom, de distribuição de cupons promocionais. Lançado em novembro passado, o site conta hoje com 1,6 mil parceiros e 500 mil visitantes únicos por mês. O foco está em cupons de lojas físicas. No mês que vem o Viva Cupom ganhará uma versão em aplicativo móvel para Android e iOS.

Seleção de Jornalista e de RP para o Hospital Universitário de Brasília

Termina no próximo dia 28 o prazo das inscrições ao concurso público que irá selecionar, dentre outras funções, dois analistas na área de Comunicação Social para atuação no Hospital Universitário de Brasília - HUB.
Uma vaga é para Relações Públicas e outra para Jornalismo. Em ambos os casos o salário é de R$ 4.732,00 e o empregador será a recém criada Empresa Brasileira de Serviçoes Hospitalares. Trata-se de uma estatal federal que irá gerir os hospitais universitários federais.
O regime de contrato é celetista e a jornada de 40 horas semanas. Esta jornada, no caso do Jornalista, é ilegal, principalmente em se tratando de emprersa sob regime celetista. O Tribunal Superior do Trabalho já tem jurisprudência firmada em favor do reconhecimento da jornada de 30 horas para Jornalistas. Seria interessante que a Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj intercedesse preventivamente e pedisse a correção do edital.
Os candidatos precisam possui nivel superior na respectiva área de atuação e registro profissional. As inscrições para este Concurso Público serão realizadas exclusivamente pela Internet, no endereço eletrônico do IBFC www.ibfc.org.br, até às 23:59 horas do dia 28 de julho de 2013.
Mais informações, clique aqui.

sábado, 20 de julho de 2013

Nove cursos gratuitos de Comunicação e Mídias na internet

O portal da Universia Brasil reuniu 700 cursos universitários gratuitos. Nove deles são no campo da Comunicação e Mídias, em especial Jornalismo e Cinema.
Os cursos são importantes para complementar os estudos de universitários, profissionais e professores .
A maioria dos cursos é ofertada por universidades estrangeiras.

Confira a lista dos cursos oferecidos: 
  • Design de Jogos (MIT - Massachusetts Institute of Technology) - iTunes Áudio - Site Oficial - O curso discute a história, ferramentas e panorama atual do desenvolvimento e análise de jogos.

  • Ética Jornalística (UCLA) - YouTube - Uma análise intensiva das questões éticas e políticas decorrentes da interação de instituições de mídia e instituições da sociedade.

  • Existencialismo na Literatura e Cinema (UC Berkeley) - iTunes - Curso oferecido pela UC Berkeley.



  • Holocausto em Cinema e Literatura (University of California) - YouTube - Curso apresentado por Todd Presner.



  • Filosofia no Cinema e Outras Mídias (MIT) - iTunes - YouTube - Site oficial - Este curso analisa obras de filme em relação a questões temáticas de importância filosófica. A ênfase é colocada sobre a capacidade do filme para representar e expressar sentimentos, bem como cognição.



  • A Experiência de Cinema (MIT) - iTunes Vídeo - Site oficial - Este curso enfatiza as qualidades intrínsecas artísticas de filmes individuais.



  • Filmes Ocidentais: Mito e Ideologia de Gênero (Wesleyan University) -iTunes - Filmes ocidentais formam o mais antigo do gênero do cinema americano.

  • Design de Jogos (MIT - Massachusetts Institute of Technology) - iTunes Áudio - Site Oficial - O curso discute a história, ferramentas e panorama atual do desenvolvimento e análise de jogos.


  • Ética Jornalística (UCLA) - YouTube - Uma análise intensiva das questões éticas e políticas decorrentes da interação de instituições de mídia e instituições da sociedade.
  • A importância da democratização da mídia para a soberania nacional

    O embaixador e ex-ministro de Assuntos Estratégicos alerta para riscos decorrentes do atual controle dos meios de comunicação pelas classes hegemônicas mundiais e aponta como saídas a reavaliação de critérios e a desconcentração de recursos. 
    Por Leonardo Wexell Severo, em Carta Maior
    “O controle dos meios de comunicação é essencial para o domínio da classe hegemônica mundial. Como esses meios são formuladores ideológicos, servem para a elaboração de conceitos, para levar sua posição e visão de mundo. Daí a razão da democratização da mídia ser uma questão prioritária”, afirmou o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães no debate 'O Brasil frente aos grandes desafios mundiais', realizado nesta terça-feira na Universidade Federal do ABC.
    Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (2009-2010) e secretário geral do Itamaraty (2003-2009) no governo do presidente Lula, o embaixador defendeu a campanha do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) por um novo marco regulatório para o setor. Segundo ele, uma relevante contribuição à democracia e à própria soberania nacional, diante da intensa disputa política e ideológica numa “economia profundamente penetrada pelo capital internacional”.
    Entre as iniciativas para garantir o surgimento e estabelecimento de novas mídias, apontou, está a “distribuição das verbas publicitárias do governo”, desconcentrando os recursos públicos e repartindo de forma justa e plural. “O critério de audiência que vem sendo utilizado privilegia o monopólio e o oligopólio”, sublinhou.
    O embaixador também condenou o fato de que um mesmo grupo possa deter emissoras de rádio e televisão, jornais e revistas – a chamada propriedade cruzada. Samuel lembrou que, quando estados como a Argentina, o Equador e a Venezuela aprovam leis para democratizar a comunicação, a mídia responde com uma campanha extraordinária, como se isso fosse censura à imprensa. Segundo ele, "essa concentração acaba concedendo um poder completamente desmedido para alguns poucos divulgarem as suas opiniões como verdade absoluta".
    Manipulação
    Em função dos interesses da classe dominante, alertou o embaixador, a mídia hegemônica pode, sem qualquer conexão com a realidade, “demonstrar que um regime político da maioria é uma ditadura e realizar campanhas sistemáticas que permitam uma intervenção externa, com o argumento que determinado governo oprime os direitos humanos”.
    Uma vez criado o caldo de cultura, soma-se à campanha de difamação e manipulação das consciências a intervenção militar, como aconteceu contra o governo de Muammar al-Gaddafi. “Na Líbia houve a derrubada de um governo que lhes era contrário, não foi ação defensiva dos direitos humanos em hipótese nenhuma”, frisou. Na avaliação de Samuel, os Estados Unidos têm um projeto muito claro de manter o seu controle militar e informativo, que utilizam de forma alternada e complementar. “Contra os governos que contrariam frontalmente os seus interesses, os EUA têm uma política declarada de ‘mudança de regime’. Para isso, sem grandes embaraços, qualquer movimento pode ser instrumentalizado”, assinalou.
    Entre os muitos exemplos de manipulação citados pelo embaixador está o “esforço da política neoliberal para reduzir direitos”, utilizando-se da campanha pelo "aumento da competitividade”. ”O receituário que defendem", disse Samuel, "é o de reduzir programas sociais, controle orçamentário e reduzir os benefícios da legislação trabalhista. Para isso disseminam ideias como a de que as empresas nacionais não são produtivas”.
    Também condenando a manipulação da informação e o papel desempenhado por setores da mídia, o professor Paulo Fagundes Vizentini, coordenador do Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, considerou inadmissível que “os mesmos que bombardeiam e ocupam militarmente países soberanos venham agora dar lições de direitos humanos”.
    “Antes era feio não ter opinião, hoje é ideológico, o que mais se parece com fisiológico”, disse Vizentini, defendendo a afirmação do interesse público e da soberania nacional, e combatendo “os que querem que o país fique na segunda divisão, desde que sejam o capitão do time”.
    O professor sublinhou o papel estratégico e singular proporcionado pela descoberta do pré-sal, tanto do ponto de vista energético como geopolítico, e alertou para a necessidade de que o Brasil tenha os elementos de dissuasão para impedir que esse imenso patrimônio venha a ser apropriado militarmente pelos estrangeiros. “Para isso temos de enfrentar os espíritos fracos e colonizados. O colonialismo é o mais difícil de combater, porque está dentro da nossa cabeça”, frisou.
    Para o secretário de Relações Internacionais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Pedro Bocca, o fortalecimento dos espaços de mídia dos movimentos sociais, como a TeleSur, a Alba TV e a TVT, com sua divulgação em canal aberto, são atualmenee necessários. "O investimento do governo é essencial para combater a desinformação e garantir a efetiva democratização da comunicação e do país", concluiu.

    terça-feira, 16 de julho de 2013

    Twitter revela o ‘mapa’ de protestos no Brasil


    Por Mariana Della Barba e Camilla Costa,  da BBC Brasil

    Uma análise da atividade dos brasileiros no Twitter durante a onda de protestos que atingiu o país no mês de junho fornece um "mapa" da intensidade dos protestos e revela detalhes sobre a mobilização das pessoas por meio das redes sociais.
    Pesquisadores do Labic (Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura), em Vitória, no Espírito Santo, analisaram as conexões criadas entre usuários do Twitter nos principais dias de protesto e as palavras de ordem mais ecoadas na internet.
    Os posts de usuários do Twitter, o segundo site de rede social mais acessado no Brasil, mostram a pluralidade de temas relacionados aos protestos e a evolução do debate sobre as manifestações em palavras-chave e hashtags ─ desde "tarifa" a "Dilma".
    As redes sociais foram consideradas o motor dos últimos grandes protestos de massa em países como a Turquia, com os protestos contra a destruição do Parque Gezi; a Espanha, com o movimendo dos indignados em 2011, e nos Estados Unidos, com o movimento Occupy Wall Street, em 2010.
    No Brasil, boa parte dos atos de protesto foi organizada em páginas de eventos no Facebook e acompanhada em tempo real por depoimentos, fotos e vídeos postados no Twitter, pelos celulares dos manifestantes. Em comum, eles tinham hashtags como #vemprarua e #ogiganteacordou.
    "A emoção gerada nas ruas entra na internet, via celular, e causa comoção, solidariedade. E isso vai sendo disseminado, contaminando os seguidores de quem compartilhou ou deu um deu um RT (retweet) na mensagem", disse Fabio Malini, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenador do Labic, à BBC Brasil.
    "E isso fica tão intenso que gera uma mobilização e volta para as ruas, já que mais gente resolve sair para protestar. Assim, o ciclo recomença. É algo que se retroalimenta."


    Agitação crescente
    Gráficos que mostram o debate no Twitter em torno das tarifas de transporte público em São Paulo no dia 13 de junho mostram a ativação da rede social minutos antes e logo após o início do confronto dos manifestantes com a polícia ─ tido como o episódio que "espalhou" os protestos pelo resto do país.
    "O retrato dessa rede é a genealogia, o momento inicial do conflito no Brasil. Acho que é a partir daí que se multiplicam as hashtags e o conflito em outros estados. No momento do confronto, a rede se intensifica e as pessoas começam dar seus depoimentos e compartilhar depoimentos sobre o que estava acontecendo", afirma Malini.
    Assim que o confronto começa, os relatos de violência policial ganham a rede na forma de tweets ─ muitas vezes acompanhados por fotos e vídeos, naquela ocasião, incluindo manifestantes e jornalistas feridos ─, e a temperatura da discussão online aumenta.
    A partir do dia 13, segundo Malini, o nome da presidente Dilma Rousseff passa a ser mais mencionado no site, ao mesmo tempo em que manifestantes e defensores dos protestos começam a dizer que a luta não era somente por R$ 0,20, mas também por melhores serviços públicos e contra a corrupção.
    No dia 17 de junho, quando aconteceram cerca de 30 manifestações em todo o país, a análise do Labic já mostra "aglomerados" de pessoas que apoiam e que criticam o governo federal, além do papel da mídia dentro do debate.
    "A mídia aparece aqui mais como difusora de informações do que associada a um dos lados. As notícias colocadas no Twitter são compartilhadas por ambos os lados para enfatizar seus argumentos", explica o pesquisador.
    Além de críticas e defesas do governo, outro grupo de usuários "verbaliza pautas que os dois grandes grupos (de oposição e apoio ao governo) não mobilizam, como a questão dos índios e dos grandes projetos de desenvolvimento, a questão da mobilidade urbana e a crítica aos gastos da Copa".
    Celulares
    Entre 16 e 19 de junho, a participação no Twitter atinge seu ápice ─ quase 170 mil perfis participam das discussões. Também no Facebook, segundo um levantamento da consultoria Serasa Experian divulgado pelo jornal Valor Econômico, a taxa de participação (perfis de usuários que tiveram atividade) dos brasileiros chegou a 70%, o terceiro maior índice do ano.
    A partir de então, o levantamento do Labic mostra uma queda acentuada no número de tweets e de usuários falando sobre protestos. Mas, longe de indicar o fim da mobilização política, a análise mostra somente que o foco do debate mudou após a diminuição dos protestos, de acordo com Fabio Malini. "O universo vocabular tem mudado para (palavras como) assembleia, plebiscito e greve geral."
    Um retrato do papel dos celulares na difusão dos protestos também aparece na análise do Labic.
    Malini chama a atenção para o fato de que o mapa da distribuição de tweets sobre os protestos no território nacional ─ feito com cerca de 10% da amostra, que continha dados de localização ─ tem uma configuração muito semelhante ao mapa da banda larga no país (Clique e veja aqui), criado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
    "O acesso à internet 3G era fundamental para registrar e dar visibilidade ao protesto", diz o pesquisador. "Os movimentos sociais aprenderam que a internet é estratégica para dar força de comoção às suas lutas. Em compensação, todo um conjunto de protestos foi eclipsado pela falta de acesso a banda larga e rede 3G de qualidade."




    segunda-feira, 15 de julho de 2013

    UFCE seleciona professor de Jornalismo Multimídia

    A Universidade Federal do Ceará - UFCE está com as inscrições abertas, até o dia 13 de agosto de 2013, para o concurso público que selecionará um professor de Jornalismo Multimídia e Convergência Midiática.
    A vaga é no nível de professor adjunto – A com remuneração (Vencimento Básico – VB + Retribuição de Titulação – RT) de R$ 8.049,77 e a carga horária é de 40 horas semanais. Exige-se do candidato a graduação em Comunicação Social, habilitação Jornalismo.

    Mais informações, clique aqui.

    UFV seleciona profissionais de televisão e de diagramação

    Enviado por Kátia Fraga

    Terminam, no dia 17 de julho, as inscrições aos concursos para a carreira de técnico administrativo da UFV. São cinco editais para o preenchimento de 80 vagas para cargos de diferentes áreas nos três campi da Universidade. No campo da Comunicação Social, há vagas para Jornalista em Televisão (para atuar na coordenadoria de Comunicação Social da UFV), de técnico de audiovisual, editor de imagem (para o Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFV), e também para diagramador,
    As inscrições estão sendo realizadas apenas pela internet e deverão ser efetuadas no portal  da Diretoria de Vestibular e Exames da UFV até às 18h do dia 17 de julho de 2013 (horário oficial de Brasília). O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetivado em qualquer agência bancária ou em caixas eletrônicos até o dia 18 de julho de 2013, por meio de boleto emitido após a inscrição.
    Todas as informações sobre os concursos, inclusive os conteúdos programáticos, estão nos editais disponíveis no aqui. 

    A mídia e os protestos do Brasil”: pauta do “Jornalismo em Debate”, na Rádio Ponto UFSC

    Cartaz afixado em praça pública pelo
    movimento dos professores do Acre.
    Foto de Chico Sant'Anna
    Por Mateus Boaventura, acadêmico de Jornalismo da UFSC
    A quarta e última edição, neste semestre, do programa “Jornalismo em Debate” discute a mídia e os protestos que sacudiram o Brasil no último mês. O programa vai ao ar, ao vivo, nesta terça-feira, 16 de julho, a partir das 16h, pela Rádio Ponto UFSC - www.radio.ufsc.br. Também fica disponível em nosso site para acesso a qualquer momento e é retransmitido pela Rádio Joinville Cultural FM.
    O mês de junho foi marcado pelas manifestações que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas em aproximadamente 350 cidades brasileiras. Por isso, o “Jornalismo em Debate” coloca em pauta a reflexão sobre como os protestos foram informados e tratados nos meios de comunicação nacionais. A mídia conseguiu informar o público com responsabilidade, pluralidade e respeitando os princípios das liberdades de imprensa e expressão? Por que a imprensa foi hostilizada nas ruas, tanto pelas forças policiais quanto pelos manifestantes? As agressões tinham como alvo mesmo os jornalistas ou as empresas de comunicação? Que lições o Jornalismo, seus profissionais e as mídias devem tirar do “junho de 2013”?
    Para discutir estas e outras questões relativas ao tema, estarão no estúdio da Rádio Ponto o coordenador de Jornalismo e Esporte da rádio CBN Diário de Florianópolis Carlos Alberto Ferreira, o diretor de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e de sindicalização e registro do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Sérgio Murillo de Andrade, e os professores do Curso de Jornalismo da UFSC Antônio Brasil e Samuel Lima. A produção do programa está em contato e aguardando confirmação de outros convidados especialistas no tema.
    O “Jornalismo em Debate”, que discute a cobertura da mídia nos protestos de junho pelo país, vai ao ar ao vivo nesta terça feira, dia 16 de julho, das 16h até as 17h30min.
    O programa é transmitido pela Rádio Ponto UFSC - www.radio.ufsc.br - e em rede pela Rádio Joinville Cultural 105.1 FM, emissora pública deste município do norte catarinense. Os ouvintes podem interagir enviando perguntas e questionamentos para o e-mail jornalismoemdebateufsc@gmail.com ou pelo twitter @radioponto.
    Neste semestre, o “Jornalismo em Debate” passou a ser transmitido mensalmente, produzido por estudantes do Curso de Jornalismo da UFSC, e orientados pela professora Valci Zuculoto. O programa, mediado pelo professor Áureo Moraes, integra a Cátedra FENAJ/UFSC de Jornalismo para a Cidadania, uma parceria entre o Curso de Jornalismo da Universidade e a Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina - SJSC.
    Desde a estreia, em abril de 2011, foram discutidos temas como corrupção no futebol, crise econômica mundial, coberturas sobre educação, de tragédias como a do Realengo, de questões do gênero feminino, da homofobia, da função das redes sociais, a cobertura esportiva como jornalismo ou entretenimento, entre outros assuntos que estão na pauta diária da imprensa. No site da Rádio Ponto (www.radio.ufsc.br) é possível baixar e ouvir todas as edições anteriores de “Jornalismo em Debate”. E não esqueçam que os ouvintes e internautas podem participar, antes e durante o programa, encaminhando perguntas pelo e-mail:jornalismoemdebateufsc@gmail.com ou pelo twitter @radioponto.
    Mais sobre os debatedores já confirmados desta edição:
    Antônio Brasil - É professor do curso de Jornalismo da UFSC. Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, já foi correspondente em Londres pela TV Globo. Também foi o criador dos projetos Telejornal e TV UERJ Online e ganhou o prêmio Luiz Beltrão para Grupo Inovador em 2002 pela Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação). É líder do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Telejornalismo (GIPTELE). 
    Carlos Alberto Ferreira - Jornalista profissional formado em economia pela UFSC e pós-graduado em gestão de pessoas na mesma universidade. Tem 36 anos de carreira na área de comunicação. Trabalhou nos Diários Associados de Assis Chateaubriand, Jornal de Santa Catarina, Jornal A Notícia, correspondente em Florianópolis da Revista Placar, na diretoria da Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina,  Assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina e da antiga Secretaria de Habitação, hoje Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação. Também atuou como Editor-executivo no Jornal O Estado e foi chefe de reportagem na RBS TV. Atualmente é coordenador de Jornalismo e Esporte da Rádio CBN Diário. 
    Samuel Lima - Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, é mestre e doutor em Engenharia de Produção pela mesma universidade e, atualmente, professor da Universidade de Brasília (UnB). Hoje, atua como professor visitante do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (JOR/UFSC) e pesquisador do Observatório de Ética Jornalística (objETHOS). Foi docente e coordenador do Curso de Jornalismo da Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc, em Joinville (SC). É co-autor do livro Perfil do Jornalista Brasileiro: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico, lançado neste ano.
    Sérgio Murillo de Andrade - Jornalista  formado  pela  UFSC  em  1984.  Atual  diretor  de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e de sindicalização e registro profissional do Sindicato  de  Santa  Catarina (SJSC). Já  foi  presidente, por duas gestões,  do mesmo SJSC  e  também  da  FENAJ. Trabalhou  no Diário Catarinense e Gazeta Mercantil,  foi  correspondente  do Diário do Sul e  atuou como  freelancer de  diversas  publicações  nacionais.  Coordenou  a  comunicação  de  campanhas  eleitorais em Santa  Catarina.  Foi  assessor  de  imprensa  no  serviço  público  e  empresarial  e  professor  de jornalismo. Atualmente é assessor de vereador na Câmara Municipal de Florianópolis e editor da Quorum Comunicação.