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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Telebrás vai receber parte das receitas de transmissão de TV da Copa


Por Helton Posseti, do Tela Viva news
A Fifa, que não estava disposta a gastar nem um centavo com a infraestrutura de telecom para a realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações no Brasil, vai remunerar a Telebrás com parte da receita auferida com a comercialização da transmissão dos jogos.
O governo brasileiro e a entidade assinaram na última segundo, 28, um memorando de entendimento que coloca fim às intensas negociações sobre a responsabilidade de cada parte. Segundo Cesar Alvarez, secretário executivo do Minicom, a questão foi resolvida quando se parou de pensar em infraestrutura versus serviço. O governo brasileiro insistia na ideia de que a sua responsabilidade (assumida através da Garantia número 11 dada à Fifa) era pela infraestrutura, enquanto que a parte de serviço deveria ser contratada pela entidade organizadora da Copa.
O caminho encontrado para se chegar ao acordo foi dividir aquilo que ficará como legado para o País daquilo que será usado exclusivamente nos jogos. E aí, há quem diga que o governo teve até alguma vantagem. Pelo memorando de entendimento, a Fifa ficou responsável pela contratação e implementação de uma plataforma de Adaptação de Vídeo (VandA) e a Telebrás terá uma participação na receita com a transmissão dos jogos.
Segundo o secretário-executivo, essa é a tecnologia que permite que as imagens em HD captadas dos jogos seja comprimida e transportada por redes de telecom. A Telebrás, inclusive, já havia lançado em setembro do ano passado uma consulta pública do termo de referência para a contratação dessa plataforma, que, segundo apurou este noticiário, será cancelada. Segundo Cesar Alvarez, há "duas ou três" empresas no mundo que detém essa tecnologia que custa cerca de R$ 50 milhões.
Com o entendimento firmado, não apenas será a Fifa quem vai contratar essa estrutura de transmissão de vídeo como a Telebrás terá direito a 50% da receita das transmissões daquilo que for contratado pas emissoras de TV posteriormente. Cesar Alvez explica que as emissoras do mundo inteiro contratam da Fifa um pacote das transmissões, que varia de acordo com a expectativa de sucesso do seu país de origem nos jogos. A emissora de um país de pouca expressão no futebol dificilmente vai contratar a transmissão das semi-finais e da final, por exemplo. Acontece que, conforme os jogos vão acontecendo e as seleções vão avançando no campeonato, as emissoras solicitam a transmissão dos jogos de um determinado estádio, por exemplo. A Telebrás terá direito a 50% dessa receita adicional. Segundo Alvarez, na África do Sul essa receita adicional foi de R$ 9 milhões a R$ 12 milhões.
Outro custo que seria da Telebrás e ficou com a Fifa foi o dos links de backup por satélite. Mais uma vez a Telebrás chegou a lançar a consulta pública do termo de referência para contratar a solução. Segundo Alvarez, há um ano foi feito um levantamento "a preço de balcão", e essa contratação sairia por cerca de R$ 1 milhão.
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